terça-feira, 24 de janeiro de 2012

NOVAMENTE, JOSIAS DE SOUZA FAZ UMA REFLEXÃO QUE AJUDA COMPREENDER A DISPUTA POLÍTICA EM SÃO PAULO. TRATA-SE DE UMA ANÁLISE CUJO FOCO É FOTOGRÁFICO (CIRCUNSTANCIA A DISCUSSÃO EM TORNO DA ELEIÇÃO DE SÃO PAULO) E NÃO AMPLIA O CENÁRIO COM AS DISPUTAS QUE OCORRERÃO EM 2014.
VER E CONFERIR.
Patrono da candidatura de Gabriel Chalita à prefeitura de São Paulo, o vice-presidente Michel Temer agendou nova reunião com o presidente do DEM federal, senador José Agripino Maia (RN).
Agripino foi alcançado por Temer no celular. Embarcava para Nova York, no aeroporto de Guarulhos (SP). Programaram a conversa para o início de fevereiro, quando o Congresso volta do recesso.
Dono de cerca de três minutos na propaganda eleitoral televisiva, o DEM é cobiçado em São Paulo pelo PMDB de Temer e pelo PSDB do governador Geraldo Alckmin.
Agripino mantém com Alckmin o que chama, em privado, de “diálogo preferencial”. Porém, a negociação com Temer encontra-se em estágio mais avançado e revela-se, por ora, mais vantajosa.
O DEM condiciona a aliança de São Paulo à indicação de um vice dos seus quadros. Algo que Temer já assegurou. E Alckmin, às voltas com a indefinição do cabeça da chapa tucana, ainda não.
O PSDB agendou para 4 de março as prévias que apontarão seu candidato. O DEM não demonstra entusiasmo por nenhum dos nomes –José Aníbal, Bruno Covas, Andréa Matarazzo e Ricardo Trípoli.
De resto, o partido de Agripino receia que, rejeitado pelo PT, o desafeto Gilberto Kassab (PSD) termine por fechar uma aliança com o PSDB, indicando o vice da coligação tucana. Algo que empurraria o DEM para o colo de Chalita.
Diante de tantas variáveis, o DEM empurra sua decisão para março. Os dirigentes do partido no Estado e na cidade de São Paulo pendem claramente para Chalita. O diretório nacional hesita em consideração a Alckmin.
Nos subterrâneos, parte da cúpula do DEM passou a considerar a hipótese de um desfecho surpreendente. Diante da fragilidade do PSDB, Alckmin celebraria uma aliança branca com Chalita, um ex-tucano que já foi seu secretário de Educação.
Nessa versão, o DEM iria à aliança com o PMDB de Temer em combinação com Alckmin. Ampliaria a vitrine televisiva de Chalita com o propósito de levá-lo a um segundo turno contra o candidato de Lula, o petista Fernando Haddad.
Confirmando-se o segundo round Chalita X Haddad, o governador tucano viria à boca do palco para apoiar às claras o amigo e ex-secretário. Não há, por ora, vestígio de que Alckmin tenha disposição de aderir ao ‘Plano B’ do DEM. Mas o tucanato já fareja o cheiro de queimado.



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