quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Tucanos paulistas: maus feito pica-paus

Não, não, a Paulicéia não está desvairada.
Não ligue para o fato de Gilberto Kassab ir visitar Lula e dizer que gostaria de uma aliança com o PT na sucessão municipal.
Nem para o fato do PT dizer logo: comigo, não, violão”.
Muito menos para o fato de Geraldo Alckmin ter convidado Maluf para uma solenidade, onde o pepista lançou o tucano a Presidência – sem que este passasse recibo – por seus princípios éticos que deslubraram a alma malufiana.
Nem para o candidato do PMDB, ex-PSB e ex-PSDB, Gabriel Chalita sair de seu banho de imersão na periferia para se reunir com os cacos do DEM paulista.
Tudo isso tem um nome: José Serra.
Alckmin e Kassab têm sérias dúvidas de que seja possível uma vitória na prefeitura este ano.
Não tem, até agora, candidatos viáveis e não querem ser patronos da derrota.
Sem Serra, a direita paulista fica embolada na faixa mediana das pesquisas, entre oito e 13 por cento, no bolo dos “inhos” : Netinho, Soninha, Paulinho, que seguem logo atrás de Celso Russomano. E com tudo pronto para que Lula venha de trás, empurrando Fernando Haddad numa eleição sem favoritos.
Tem   razão o Ricardo Kotscho em dizer, no seu blog, que a eleição municipal em São Paulo virou uma “zona federal”.
Mas não no sentido da gíria; no termo literal.
É lá que se está começando a desenhar o cenário de 2014.
E se é importantíssimo vencer, se isso não é possível, o jogo é escolher quem e como perderá.
PCdoB e PDT, com Netinho e Paulinho, exercem seu legítimo direito de procurar crescer com candidato próprio. Soninha, dependendo de Serra, encosta a bicicleta. Russomano tem duvidosas chances de crescer, por conta de sua já imensa exposição.
Mas com Serra candidato tudo muda e a eleição se polariza. De um lado, Lula; de outro, nem Alckmin nem Kassab, mas José Serra. Apenas ele, só como sua ambição o faz.
A esta altura, há parte da direita paulistana pensando que é melhor qualquer arranjo que evite uma derrota no primeiro turno e que o vexame não caia no colo de Alckmin, de Kassab ou de ambos.
Ambos têm um nome ideal para isso.
José Serra.

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