quinta-feira, 15 de março de 2012

Serra aproveita crise e negocia com aliados do PT
DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO
O comando da campanha do ex-governador José Serra (PSDB) à Prefeitura de São Paulo aproveita a crise na base do governo federal para avançar sobre partidos insatisfeitos com o PT.
O PSDB sabe que a chance de acerto é quase nula, mas aposta na investida como forma de desestabilizar a candidatura do ex-ministro da Educação, o petista Fernando Haddad.
As conversas com o PR, cuja bancada no Senado rompeu com a presidente Dilma ontem, foram iniciadas esta semana pelo senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) e o secretário Andrea Matarazzo (Cultura). O prefeito Gilberto Kassab (PSD) também tem atuado.
A investida sobre o PR se soma a tratativas que os tucanos têm mantido com outras siglas. Como a Folha mostrou, o PSDB prepara estratégia para afastar o PC do B de Haddad em São Paulo, vitaminando a principal candidatura dos comunistas, a da deputada Manoela D'Ávila, em Porto Alegre.
Ela buscou o apoio do PT na capital gaúcha, mas a sigla afirmou que terá candidatura própria.
O PSDB quer oferecer suporte de outros partidos a D'Ávila, em troca do isolamento de Haddad.
A deputada comunista já conta com o apoio do PSB em Porto Alegre, e Kassab negocia a adesão de seu partido, o PSD, à candidatura da gaúcha.
Toda a estratégia consiste em ampliar o clima de isolamento que aflige a campanha de Haddad. O petista é desconhecido da maioria da população e precisará da propaganda eleitoral para crescer.
Para isso, depende de alianças com outros partidos, que somem tempo de TV ao PT. Sozinho, o petista tem cerca de quatro minutos e meio. A equipe de marketing de Haddad avalia que serão necessários no mínimo seis minutos para que Haddad decole.

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