segunda-feira, 20 de junho de 2011

Governador Alckmin reduz investimentos em 62%

Atuação Temática - Finanças Cortes - 20/06/2011 http://www.ptalesp.org.br/

O governo Alckmin repete a política tucana de cortar investimentos, apesar de em campanha eleitoral ter prometido manter o ritmo de investimento público.


Somente nos quatro primeiros meses de 2011, a redução é de 62%, quando comparado ao mesmo período em 2010, ano eleitoral. Com valores corrigidos pelo IGP-DI, os investimentos (obras e compra de equipamentos) e transferências a municípios caíram de R$ 6,2 bilhões para R$ 2,2 bilhões, ou seja, um corte de quase R$ 4 bilhões nos valores empenhados.

Um dos maiores cortes atinge as entidades sem fins lucrativos, como as Santas Casas, com redução de 83%, quase R$ 100 milhões. A queda nas transferências para municípios atingiram 80%, caindo de R$ 154 milhões (2010) para R$ 32 milhões (2011). Nas obras, o corte foi de 55% (R$ 2,2 bilhões) e em equipamentos e compra de material permanente não foram aplicados R$ 1,2 bilhão (-74%).

Queda na Saúde chega a 70%

A queda nos investimentos por secretaria também é muito significativa. No primeiro quadrimestre, a secretaria da Cultura só empenhou R$ 270 mil contra os R$ 134 milhões em igual período do ano passado.

A situação também não é diferente na secretaria do Meio Ambiente, onde nos primeiros quatro meses de 2010 haviam sido aplicados R$ 115 milhões, este ano foram apenas R$ 2 milhões.

Na secretaria de Transportes Metropolitanos, o corte chega a R$ 2 bilhões – 80% a menos que em 2010; na Saúde os investimentos foram reduzidos em 70% (R$ 196 milhões); na Segurança 41% (R$ 41 milhões); no Saneamento 28% (R$ 61 milhões); e na Educação 16,5% (R$ 31 milhões).

Excesso de arrecadação

Se de um lado há corte nos investimentos, em outro há um aumento na arrecadação. Nos primeiros quatro meses de 2011, o governo paulista já arrecadou quase R$ 1,55 bilhão a mais que o previsto e a previsão é de que chegue ao final do ano com algo próximo a R$ 5 bilhões acima do estimado.

O volume de recursos em caixa do governo paulista que, em dezembro de 2010, chegava a R$ 26,4 bilhões cresceu e, no final de abril último, atingiu o valor de R$ 32,16 bilhões - um crescimento de R$ 5,7 bilhões (+21,6%). Este índice é pelo menos duas vezes acima da inflação acumulada no período.

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