terça-feira, 13 de setembro de 2011

Só promessas: Governo do Estado não cumpre quase metade de suas metas

http://www.ptalesp.org.br/ - 12/09/2011


O governo tucano de SP não conseguirá cumprir quase a metade das metas definidas como prioritárias pelo ex-governador José Serra (PSDB) no Plano Plurianual 2008-2011.

Na avaliação de 54 programas destacados por ele no projeto enviado à Assembleia, 24 não serão cumpridos, 21 já foram e nove poderão ser. O governador Geraldo Alckmin até já incluiu no PPA 2012-2015 parte das metas que não cumprirá.

Aliás, empurrar metas de um PPA para outro tem sido prática entre os governos tucanos. No PPA de Alckmin, há metas que se repetem desde o PPA de Mário Covas.

Leia na íntegra matéria publicada no jornal Folha de S. Paulo:


O governo de SP não conseguirá cumprir quase a metade das metas definidas como prioritárias pelo ex-governador José Serra (PSDB) no Plano Plurianual 2008-2011.

A Folha avaliou 54 programas destacados por ele no projeto enviado à Assembleia -24 não serão cumpridos, 21 já foram e nove poderão ser. Serra foi o responsável pela execução de três anos do PPA.

Geraldo Alckmin (PSDB), no cargo desde janeiro, já incluiu no PPA 2012-2015 parte das metas que não cumprirá.

Duas prioridades que ficaram pelo caminho são abrir 37 mil vagas no sistema penitenciário, com novos presídios, e retirar presos das delegacias e DPs. O governo culpa a resistência de prefeitos.

Outras não serão atingidas porque o Estado não conseguiu viabilizar projetos e verba, como fazer 23 piscinões -só quatro estão prontos.

Em habitação, SP não irá cumprir ao menos cinco metas, como comprar imóveis para moradia social no mercado e urbanizar terrenos.

A mobilidade nas metrópoles também teve vários projetos postergados, como os trens do ABC, Guarulhos e Santos. Serra também queria concluir as linhas 4-amarela e 5-lilás do metrô, o que não ocorreu _a segunda nem na atual gestão, já que a previsão é operar a partir de 2015.

"Serão mais dez estações e 11,4 km de via a serem implantados, com previsão de conclusão também em 2011", disse Serra sobre a linha 5, que, porém, não ganhou nenhuma estação no período.

Em algumas áreas, o governo atingiu o que propunha em programas importantes, mas patinou em outros.

É o caso da educação, onde implantou o ensino fundamental de nove anos, criou o bônus salarial por desempenho para professores e ampliou o ensino tecnológico.

Fracassaram, no entanto, o programa de dois professores por sala e, muito provavelmente, a redução de 50% das taxas de reprovação _até o final de 2010, o recuo era de cerca de metade do previsto.

Na segurança, manteve a queda dos índices de homicídios e furtos, mas o de assaltos subiu. Também modernizou tecnologicamente a polícia, mas não levou adiante a Virada Social, ação de cidadania em áreas violentas.

Na área de infância e juventude, a grande meta era descentralizar a Fundação Casa, com unidades menores, para até 56 infratores.

Chegou a 61 dos 64 prédios previstos, mas a desativação de grandes complexos ficou no papel _na capital há locais com mais de 150 jovens. "Até 2011 todos os grandes complexos deverão ser desativados", escreveu Serra.

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