sábado, 2 de abril de 2011

Guerra no ninho tucano

A guerra fratricida e surda no ninho tucano segue com picantes capítulos compondo um enredo recheado de intrigas e bicadas entre parceiros de legenda e agora desafetos.

Assim que o atual governador Geraldo Alckmin retomou o comando do Palácio dos Bandeirantes, deu início à operação desmonte da gestão Serra, com uma série de apurações, demissões, investigações de ações de sua gestão como nunca visto, na sucessão de governo da mesma legenda.

A trombada entre os tucanos acontece numa rota inversa à trajetória do governo federal da presidenta Dilma, que manteve vários ministros do presidente Lula em sua equipe e tem mantido e ampliado as ações governamentais, em cumprimento ao projeto apresentado.

Já na seara tucana há uma flagrante desidratação da gestão do ex-governador José Serra, com a demissão de secretários, anúncios de auditorias nos contratos de terceirização de serviços e paralisação de obras, colocando sob suspeita seu governo.

Na linha das demissões, Alckmin dispensou os secretários Luiz Portela, dos Transportes Metropolitanos; Paulo Renato, da Educação, e o então homem forte das finanças Mauro Ricardo, responsável pela pasta da Fazenda, que foi surpreendido pela notícia da demissão por meio da imprensa, num gesto de total deselegância e absoluta desconsideração.

Das ações de ruptura com a gestão Serra, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos foi a mais afetada com os cortes, cerca de R$ 830 milhões. Isso implica que a Linha 5- Lilás do Metrô (Capão Redondo- Chácara Klabin) na zona sul da capital, que deverá transportar 600 mil passageiros, não estará pronta em 2014, conforme o governo se comprometeu. A Linha Laranja, projetada para a zona norte da capital, teve seu calendário rompido, pois as obras previstas para iniciarem em 2010, ainda não começaram e outras 600 mil pessoas foram prejudicadas. Já a Linha Amarela é a recordista em atraso, o cronograma está defasado em 5 anos e cerca de 900 mil passageiros aguardam as obras.

Os trens da CPTM também foram atingidos pelo corte de R$ 196 milhões e paralisação, cuja as linhas funcionam com o padrão suburbano, superlotado.

A EMTU- Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos - foi afetada no recuo da construção de corredores, como o Noroeste de Campinas, o Itapevi – Butantã e o Guarulhos – Itapevi. O VLT de Santos, cuja PPP não atraiu empresários , ainda está sem definição.
Pautado pela retaliação ao ex- governador José Serra, Alckmin menospreza as necessidades da população, que será mais vez vítima da letargia da administração tucana, somada ao ritual de vingança e disputa dos tucanos pelo comando do partido.

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