segunda-feira, 29 de agosto de 2011

PT retomará temas polêmicos em Congresso


No primeiro Congresso do PT na gestão Dilma Rousseff, o partido pretende marcar uma postura de independência em relação ao governo e transformar temas polêmicos em bandeiras, como a criação da Comissão da Verdade. O encontro petista, no fim de semana, colocará em debate as alianças da administração federal, a relação com os partidos da base aliada e as eleições de 2012, em um momento de crise do governo com aliados.

O presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão (SP), defende uma agenda para o PT que "não seja a do governo". "O PT tem que ter propostas próprias para a sociedade. Não significa que vamos colidir com o programa do governo federal", disse ontem Falcão, ao participar de uma caravana do partido, em São Paulo. O dirigente cita como exemplo da bandeira própria o debate sobre a Comissão da Verdade, para apurar crimes cometidos na ditadura. A criação do grupo, proposta no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não avançou. Entre os temas polêmicos já defendidos pelo PT em congressos anteriores estão a descriminalização do aborto.

O 4 ºCongresso do PT foi convocado inicialmente para promover mudanças no estatuto do partido, mas, no primeiro ano do governo Dilma, as discussões sobre conjuntura e as eleições de 2012 devem ganhar tanto destaque quanto as alterações nas regras internas.

A tentativa de o PT mostrar-se tão forte quanto o governo, contudo, não deve resultar em críticas à gestão Dilma. A resolução política que será aprovada no encontro deve ser positiva em relação à presidente. "Estamos aprovando tudo o que foi feito nesses primeiros oito meses. Agora queremos criar uma agenda própria", disse Falcão.

O evento deve reunir no mesmo palco Dilma e Lula. O partido, no entanto, deve abafar as discussões sobre a sucessão presidencial, em 2014, e um eventual retorno do ex-presidente. "Isso é um tiro no pé", afirmou Falcão.

Entre as principais mudanças em discussão sobre o estatuto do PT destacam-se medidas que dificultam a realização de prévias e as regras mais flexíveis para filiação. O partido quer ampliar os filiados, estimados em 1,5 milhã

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